sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O TEMPO


Como descrever algo que não para,
Algo que é dinâmico, fluido... com a capacidade de transformar o “ hoje” em “ontem”  num fechar de olhos!
Algo que não conseguimos tocar, reter...parar.
Algo que não volta!

Como descrever algo, que só é conhecido, se nós o vivemos.
O que era “o agora” torna-se passado em questão de milionésimos de segundos.
Retratos, imagens, momentos e sentimentos... tudo vem e tudo vai.
O que foi, dependendo do seu valor, fica gravado e se renova em cada pensamento,
O que foi, em sua maioria... se perde no tempo!

O que vem..., não sabemos!

O tempo é mágico e inspirador...
Mas o tempo também pode ser nebuloso,  angustiante, sofrido... difícil de aceitar!


O tempo tem muitas características, a principal delas, depende do formato, da intensidade  e valor que damos a esse tempo.
O tempo nos ensina a amar e a perdoar.
O tempo também nos ensina a  aceitar! Mesmo quando brigamos com o destino... o tempo nos ensina a aceitar!
Aceitar que podemos ser felizes, que podemos amar sem amarrar.
Aceitar que podemos amar sem esperar que o outro seja o que você quer, mas o que ele é!

O tempo ensina tudo e mais um pouco. Independente de você querer aprender ou não!

Sua fluidez chega a ser torturante, pois o que desejamos realmente, é que o tempo “desse um tempo”, ou seja, parasse por alguns segundos, instantes, horas, dias, anos..., mas ele não para!
A caminhada é contínua, sem interrupções, sem “pit stop”, sem descanso.

Por algum tempo, ele nos dá o prazer de caminhar ao nosso lado.
Começamos a nossa jornada dando os primeiro passos,
Contemplamos em sua companhia,  inúmeros “nascer”, inúmeros “pôr do sol”,
Contemplamos em sua companhia cada uma das fases da lua, inúmeras vezes...

Começamos a perceber algumas coisas, realizamos momentos, vivemos a plenitude, plantamos árvores, deixamos sementes...
O tempo nos acompanha por toda a vida!
Majestoso, imponente... inatingível!

Um dia a nossa caminhada termina, mas o tempo procura em outro ser uma nova companhia.

O papel desbota, as folhas secam, as lembranças se perdem... mas o tempo não para!

Autoria de Mônica Vilarinho – 2015

SAUDADE

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