segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SÃO 10 ANOS!!!




Marcelinha, minha filha.
São 10 anos. 10 anos sem te ver. 10 anos sem a sua presença. 10 anos sem o seu cheiro. 10 anos sem o seu sorriso, sem a sua meiguice, sem a sua pressa, sem a sua alegria.
Mal posso acreditar.
Não há uma só situação que não me remeta ao seu pensamento. Penso em você todos os dias, em todos os momentos, a toda hora. 
Como deixar de pensar na pessoa mais importante da minha vida? Como deixar de pensar na pessoa que trouxe sentido à minha história? Como deixar de pensar na pessoa que me fez sentir de fato o que é ser feliz. 
Impossível. Você foi, é e será o grande amor de minha vida. Simples assim! Inquestionável.
Não é nada fácil viver sem você. Normalmente as pessoas pensam que com o tempo a dor vai embora e fica somente a saudade. Não é. 
São 10 anos. Quando penso em você sinto dor e a saudade é constante. Eu diria que é uma ferida aberta, que nunca cicatriza. Tem dias que essa ferida não sangra, fica quieta. Em outros dias, esse sangue transborda e machuca muito.
É assim que acontece. Não dá pra mudar os sentimentos. Eu sinto desse jeito. Continuo a minha jornada, sem reclamar, sem odiar, sem me revoltar. Mas não posso mudar o que sinto.  
Agora, depois que sua avó partiu, ficou mais claro para mim. Quando penso nela, sinto uma enorme saudade. Sinto falta da presença dela, até das discussões. Ela também foi uma pessoa muito importante na minha vida e me faz falta, com certeza.
Mas quando penso em você, filha, sinto dor, que chega a ser física. Sinto sua falta, sinto saudade, sinto lacunas, sinto vazio, sinto tristeza. São sentimentos que vêm com o pensamento e vão embora quando a minha atenção se direciona para outra coisa.  
Não acontece como quando eu penso em sua avó. É bem diferente. Juro que se eu pudesse optar, eu escolheria sentir por você o mesmo que sinto por sua avó. É mais leve, com toda certeza. 
Enfim, esta é a vida. Isto é o que veio para nós. Temos que dar conta do recado. E assim o faremos, com a graça de Deus. 
Eu te amo ontem, hoje e sempre. Me espera. Ainda temos muitas vidas para vivermos juntas.   

Com amor. Mamãe  

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O TEMPO


Como descrever algo que não para,
Algo que é dinâmico, fluido... com a capacidade de transformar o “ hoje” em “ontem”  num fechar de olhos!
Algo que não conseguimos tocar, reter...parar.
Algo que não volta!

Como descrever algo, que só é conhecido, se nós o vivemos.
O que era “o agora” torna-se passado em questão de milionésimos de segundos.
Retratos, imagens, momentos e sentimentos... tudo vem e tudo vai.
O que foi, dependendo do seu valor, fica gravado e se renova em cada pensamento,
O que foi, em sua maioria... se perde no tempo!

O que vem..., não sabemos!

O tempo é mágico e inspirador...
Mas o tempo também pode ser nebuloso,  angustiante, sofrido... difícil de aceitar!


O tempo tem muitas características, a principal delas, depende do formato, da intensidade  e valor que damos a esse tempo.
O tempo nos ensina a amar e a perdoar.
O tempo também nos ensina a  aceitar! Mesmo quando brigamos com o destino... o tempo nos ensina a aceitar!
Aceitar que podemos ser felizes, que podemos amar sem amarrar.
Aceitar que podemos amar sem esperar que o outro seja o que você quer, mas o que ele é!

O tempo ensina tudo e mais um pouco. Independente de você querer aprender ou não!

Sua fluidez chega a ser torturante, pois o que desejamos realmente, é que o tempo “desse um tempo”, ou seja, parasse por alguns segundos, instantes, horas, dias, anos..., mas ele não para!
A caminhada é contínua, sem interrupções, sem “pit stop”, sem descanso.

Por algum tempo, ele nos dá o prazer de caminhar ao nosso lado.
Começamos a nossa jornada dando os primeiro passos,
Contemplamos em sua companhia,  inúmeros “nascer”, inúmeros “pôr do sol”,
Contemplamos em sua companhia cada uma das fases da lua, inúmeras vezes...

Começamos a perceber algumas coisas, realizamos momentos, vivemos a plenitude, plantamos árvores, deixamos sementes...
O tempo nos acompanha por toda a vida!
Majestoso, imponente... inatingível!

Um dia a nossa caminhada termina, mas o tempo procura em outro ser uma nova companhia.

O papel desbota, as folhas secam, as lembranças se perdem... mas o tempo não para!

Autoria de Mônica Vilarinho – 2015

SAUDADE

SAUDADE