quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eles vivem


Imagem: http://www.sandravandoornillustrations.com
Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração. Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quanto te afastas da confiança em Deus. Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transforma em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeita a memória perguntando porque.
Pensa neles com a saudade convertida em oração. As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida.
Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-á contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes, no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim, ao encontro de Novo Despertar.
Por acreditar piamente nessas palavras, Marcela, é que eu procuro viver com alegria, para lhe dar a devida calma no coração e continuar sendo uma boa mãe para você. Eu te amo para sempre.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Definindo saudade


Imagem: http://www.sandravandoornillustrations.com

Para definir saudade, basta entender que saudade é apenas saudade, e como senti-la saber...
Saudade é aquela sentida vontade de reviver um momento de felicidade, vivido em doce cumplicidade...

É a saudade que podemos entender, e que não nos faz sofrer...

Sempre a dor da partida de alguém que amamos e que deixa marcas perenes, deixa saudade, fica o desejo de sentir o toque, o cheiro, trazendo para nossos sentidos a ilusão da presença anelada.

Sente-se o toque da mão, o cheiro, a presença enfim, como algo que não tem fim...

Assim age a saudade, conseguimos sentir a presença ausente, dando verdade à frase “juntos ainda que distantes...” Assim, está certa a frase já ouvida: “A saudade é o amor que fica...”