Imagem: http://www.sandravandoornillustrations.com
A
mais pungente dor moral, pertinaz e profunda, é a que decorre da separação
imposta pela morte física.
Não
te rebeles ante as conjunturas da morte, que te separou, momentaneamente, do
ser a quem amas.
Não
será definitiva tal circunstância.
Tem
paciência e espera, preparando-te para o reencontro que logo mais se dará.
Os
teus afetos te aguardam, esperançosos. Não os decepciones com a revolta ou com
o desespero injustificado.
Eles
vivem como também viverás.
Anteciparam-te
na viagem, mas não se apartaram, realmente, de ti.
Não
os vês, como estão ao teu lado...
Se
os amas, estão contigo, se os detestas, vinculam-se a ti.
Não
os fixes às memórias inditosas, aos impositivos da paixão, às condições da tua
dor.
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